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Empresas de Telefonia Celular lideram reclamações no Procon Municipal

Entre janeiro e dezembro de 2016, as  empresas de telefonia celular Vivo, Oi e Tim  ficaram na liderança de reclamações dos consumidores ao Procon de Baixo Guandu. E no ano de 2017, entre janeiro até o dia 05 de abril, estas mesmas empresas motivaram mais uma vez os três primeiros lugares no número de queixas ao Procon municipal. 
 
Segundo dados estatísticos divulgados na semana passada pelo Procon, em 2016 a Telefônica do Brasil (Vivo) liderou com 398 reclamações, seguida pela Telemar Norte Leste (Oi) com 201 e a Tim Celular, com 85 queixas registradas. 
 
Em 2017, de janeiro a 5 de abril, novamente a Vivo lidera com 108 reclamações, a Oi com 32 registros e a Tim Celular com 17 queixas no Procon municipal. 
 
A  conciliadora jurídica Ingrid Loss Monteiro Zbyszynsky, que responde atualmente pela diretoria executiva do Procon de Baixo Guandu, explicou que em todo o ano de 2016 o número de reclamações ao órgão somou 1.789, enquanto neste ano, de janeiro ao começo de abril, foram registradas 318 queixas.
 
“É bom frisar, no entanto, que nosso índice de resolutividade com relação às reclamações  passa de 90%”, afirma Ingrid Loss, lembrando que o Procon é um órgão essencialmente conciliador, procurando sempre mediar uma solução que atenda aos interesses do consumidor.

Ingrid Loss disse que o encaminhamento do atendimento aos consumidores insatisfeitos no Procon envolve fases distintas. A primeira atitude, segundo ela, é buscar uma solução para a queixa via telefone, o que segundo ela acaba na maioria das vezes  em resultado positivo.
 
 A segunda etapa é o envio de uma Carta de Informação Preliminar (CIP) à empresa reclamada, quando ocorre uma segunda tentativa de mediação e ainda existe uma terceira alternativa de conciliação , através de uma audiência entre as partes.
 
“Se todas estas tentativas não resultarem em entendimento que atenda aos interesses do consumidor, resta o caminho da Justiça, o que não é feito pelo Procon mas sim diretamente pelo interessado”, afirmou a diretora executiva Ingrid Loss. Neste caso, o Procon fornece ao consumidor um atestado de que ele tentou uma mediação sem resultado.
 
A diretora executiva Ingrid Loss explicou que nos últimos anos, houve uma queda do número de reclamações ao Procon: foram 1794 em 2014; 2.404 em 2015 e 1759 em 2016. Ela acredita que esta queda deve-se um pouco à recessão econômica, mas muito também em função de um grau mais apurado de consciência do vendedor ou prestador de serviço com relação ao consumidor.
 
O próprio hábito do consumidor exigir qualidade no momento de contratar a compra ou serviço, segundo Ingrid Loss, auxilia na conscientização de que o mercado é regulado por direitos e deveres. “Esta consciência é importante tanto para quem compra para quem vende”, definiu a diretora do Procon.
 
Desde 2013, o Procon de Baixo Guandu passou por um processo de modernização muito forte. Hoje o órgão municipal está interligado ao Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), que faz parte  da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça.  Esta Interação permite mais  conhecimento e  agilidade nos  procedimentos ligados às reclamações, redundando também num maior índice de resolutividade.