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Estudo mostra que Baixo Guandu é o único município capixaba que coleta 100% do esgoto

Um estudo divulgado esta semana pelo Ranking Abes da Universalização do Saneamento de 2018, elaborado com base em pesquisa feita junto aos ministérios da Saúde e das Cidades, mostrou que o município de Baixo Guandu é o único do Espírito Santo que coleta 100% do esgoto doméstico.
 
A posição guanduense de destaque do Ranking da Abes (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental)  mostrou dados de 51 municípios capixabas que divulgaram informações e ontem a imprensa capixaba repercutiu a situação da coleta do esgoto doméstico no Estado.

Em segundo lugar, segundo o estudo, aparece o município de Alegre, com 98,74%; em terceiro Atílio Vivacqua com 92,63%; mas algumas localidades do Estado tem números preocupantes: Santa Teresa, por exemplo, coleta apenas 29,43% do esgoto, Ecoporanga 6,04% e em último lugar aparece o município de Conceição da Barra, com apenas 1% de coleta do esgoto doméstico.
 
Baixo Guandu aparece muito na frente de todos os municípios da Grande Vitória: a capital capixaba coleta 71,15% do esgoto, seguido de Serra (62,49%),Vila Velha (47,74%), Viana (33,16%) e Cariacica (31,64%).
 
A coleta de 100% do esgoto doméstico de Baixo Guandu é gerida pelo SAAE e a cidade, em 1953, foi a primeira do Brasil a adicionar flúor no tratamento da água à população, que entre outros benefícios reduz substancialmente a cárie dentária nas crianças.
 
Tratamento do esgoto
O Ranking Abes da Universalização do Saneamento, que colocou Baixo Guandu na liderança capixaba adverte, no entanto, sobre a necessidade de não só coletar o esgoto, mas também fazer o tratamento dos dejetos domésticos.
 
No caso de Baixo Guandu, o esgoto é 100% coletado mas não recebe tratamento, situação que já deveria estar resolvida há muito tempo. Em 1999, o sistema de tratamento de esgotos recebeu recursos da Funasa, foi iniciado mas acabou com obras paralisadas devido a irregularidades na licitação.
 
Em 2012, uma nova licitação foi realizada e mais uma vez os serviços acabaram paralisados por falhas da administração municipal da época. O resultado é que hoje temos na cidade dois tratamento inacabados (os conhecidos “penicões”) e sem possibilidade de recuperação do sistema.
 
Atualmente, a administração municipal está em fase de contratação de projetos para tratar 100% do esgoto da sede de Baixo Guandu. A Fundação renova, que cuida da reparação dos danos ambientais da tragédia da Samarco, garantiu a liberação de recursos na ordem de R$ 11 milhões para projetos relacionados ao saneamento.
 
Mais adiantado encontra-se o processo de tratamento de esgotos de todo o interior do município. A Prefeitura já licitou as obras no valor de R$ 1.66 milhão para tratar o esgoto dos distritos do KM 14, Alto Mutum, Vila Nova do Bananal e Ibituba. 
 
A empresa Sanevix Engenharia foi a ganhadora da concorrência e a Prefeitura de Baixo Guandu cumpre ritos processuais para a liberação dos recursos, o que deve acontecer nas próximas semanas.

O prefeito Neto Barros lamentou a falta de responsabilidade de administrações anteriores pela não conclusão do serviço de tratamento de esgotos, contratado em duas oportunidades e depois abandonados por erros grosseiros da gestão pública municipal.
 
Neto fez questão de priorizar, agora, o tratamento do esgoto doméstico de todo o município. “As obras do interior já estão licitadas, com recursos garantidos, e na sede estamos em fase de elaboração de projetos. Os recursos para as obras da sede virão da Fundação Renova, no valor aproximado de R$ 11 milhões, objetivando garantir 100% do tratamento de esgotos em todo o município”, disse o prefeito.


O Jornal A Gazeta destacou na edição de ontem (01/08) o ranking da ABES, com Baixo Guandu em primeiro lugar no ES


Prefeito Neto Barros: o desafio agora é fazer 100% do tratamento de esgotos na sede e interior