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A etapa final do campeonato mundial de parapente, que se realiza em março de 2019 em Baixo Guandu, vai se transformar num grande evento turístico do Espírito Santo na temporada, atraindo mais de 1000 visitantes (300 deles de fora do país) e movimentando cerca de R$ 1 milhão na economia local.
A competição acontece entre os dias 19 e 30 de março, mas a movimentação em torno do mundial começa já no dia 15 de março, com a chegada das delegações estrangeiras e nacionais, equipes de apoio e coordenação. Serão, portanto, 15 dias em que Baixo Guandu vai se transformar na capital mundial do parapente.
Um representante da Associação Capixaba de Voo Livre (ACVL) já está na cidade começando os preparativos para receber a grande final do campeonato mundial: trata-se de Marcos Aurélio Pinheiro, o Gadernal, que garante uma competição de alto nível.
“Teremos aqui 135 pilotos competindo na rampa do Monjolo, de 38 países, sendo apenas quatro brasileiros. De fora do país Baixo Guandu deve receber cerca de 300 pessoas e mais 700 visitantes do Brasil, entre equipes técnicas, de coordenação e muita gente que gosta do esporte e acompanha as competições de parapente”, falou Gadernal.
O representante da ACVL explicou que todos os hotéis da cidade estão sem vagas, em Aimorés as reservas já estão acabando e já ocorre inclusive o fato de pessoas interessadas em alugar casas em Baixo Guandu com mobília. “Quem tiver disponibilidade, pode ligar para o meu telefone (29) 9 9647-5031”, disse ele.
Marcos Aurélio acentuou que a rampa do Monjolo é considerada uma das 10 melhores do mundo para a prática do voo livre, sendo a 1ª do Brasil.
“Aqui tudo favorece, desde as condições geográficas, as termas que permitem ótimos voos e a hospitalidade do guanduense, nem se fala”, explicou o representante da ACVL, que acrescentou: “Os pilotos do mundo inteiro são apaixonados por Baixo Guandu. Aqui a violência é baixíssima ou quase não existe, o povo é amável e a cidade se engaja no dia a dia dos pilotos. Aliás, por 24×1 votos, Baixo Guandu já foi escolhida para sediar o campeonato Pan Americano de Parapente de 2020, que acontece a cada dois anos”, falou o coordenador Gadernal.
Para o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Clovis Rodrigues, que desde 2013 desenvolveu um amplo trabalho de atração das competições de parapente, Baixo Guandu se transformou referência mundial do voo livre.
“O prefeito Neto Barros viu no voo livre a chance de transformar Baixo Guandu numa cidade turística, o que ninguém acreditava. Os resultados estão aí hoje, espetaculares”, disse Clovis, que na semana passada deixou a Secretaria para assumir cargo na iniciativa privada.
Avanço no turismo
O prefeito Neto Barros destacou, por sua vez, que uma série de fatores fizeram com que a gestão voltasse sua atenção para o voo livre.
“Era uma chance que tínhamos de transformar Baixo Guandu numa cidade conhecida em todo o mundo. Quando se falava em turismo na cidade alguns até achavam graça, mas a determinação de incentivar o voo livre e o tempo provaram o contrário. Hoje os resultados estão ai: a única cidade capixaba capaz de atrair 300 estrangeiros de uma só vez para uma competição de nível mundial”, disse o prefeito.
Neto vai adiante, lembrando que a roda da economia gira com as competições de parapente. “A expectativa é de R$ 1 milhão entrando na economia de Guandu em 15 dias. Ganham os hotéis, os restaurantes, o comércio em geral, os serviços de transporte, postos de combustíveis, aumentam os postos de trabalho em vários setores, até as escolas de idiomas colocam seus alunos como intérpretes, ou seja, todos ganham”, falou o prefeito.
Sem contar, é claro, com a beleza das competições que tornam o céu de Baixo Guandu mais colorido, no caso do mundial, com 11 dias de competições ininterruptas.
Baixo Guandu é reconhecida, através de lei Estadual, como a Capital Capixaba do Voo Livre.
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