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Técnicos do Estado e Prefeitura analisam ações emergenciais para desassoreamento do rio Mutum, no KM 14

Técnicos especializados do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) estiveram ontem (06/07) no gabinete do prefeito Neto Barros, onde em reunião foram analisadas ações emergenciais para iniciar  o processo de desassoreamento do rio Mutum, na região do KM 14.
 
A sede daquele distrito encontra-se em permanente risco de inundações, em conseqüência do forte assoreamento do rio, agravado com as chuvas torrenciais do ano 2013. Qualquer chuva mais forte é suficiente para inundar as ruas do distrito, que mesmo na seca enfrenta problemas: formou-se um charco em parte do perímetro urbano do KM 14 que está invadindo o quintal das residências, prejudicando também o sistema de esgotamento sanitário.

Após a reunião com o prefeito Neto Barros, que teve também a presença do deputado Dary Pagung, vereadores representantes do distrito e lideranças do KM 14, os técnicos do Incaper foram até o distrito iniciar um levantamento visando a tomada de providências para iniciar o desassoreamento do rio Mutum, preparando também um projeto para acelerar a construção de caixas secas na região – que retém a água em partes altas e evita o agravamento do assoreamento.

Estiveram presentes também na reunião o secretário de Desenvolvimento Rural Allony Torres, o vice prefeito Eloy Avelino e o assessor do deputado federal Givaldo Vieira, Rodrigo Cândido. O assessor Rodrigo confirmou no encontro a liberação de emendas parlamentares do deputado Givaldo, liberando recursos para Baixo Guandu adquirir uma retroescavadeira e um caminhão Truck.

Este projeto do Incaper deve ser apresentado já no próximo dia 21 de julho, uma sexta feira, quando estarão presentes no KM 14 os  secretários de Agricultura Octaciano Neto, de Meio Ambiente Aladim Cerqueira e o engenheiro Henrique Lobo, considerado um dos maiores especialistas do mundo em bacias  hidrográficas. 

 
O deputado Dary Pagung já confirmou a presença de todos eles na sede do distrito, quando será feita uma nova reunião com a  comunidade, dando prosseguimento ao primeiro encontro, realizado no dia 12 de maio.Na ocasião deve ser formalizada a parceria com o Instituto Terra para reflorestar as encostas da região.
 
Ações emergenciais
Na reunião realizada ontem no gabinete, o prefeito Neto Barros deixou claro que existe a necessidade de ações emergenciais para evitar que o problema se agrave na sede do distrito do KM 14. 
 
Neto defendeu a dragagem imediata  da calha do rio Mutum  a partir da saída do distrito em direção à sede de Baixo Guandu, para permitir o escoamento mais rápido da água das chuvas e amenizando também  o alagamento que se formou em  área de parte do perímetro urbano do KM 14.
 
Segundo o prefeito, é um trabalho extremamente oneroso, que vai exigir um esforço conjunto da Prefeitura, do Estado e também de empresas de mineração que possuem maquinário pesado e podem ajudar. Ontem mesmo Neto recebeu mineradores  da região do Mutum no gabinete, quando já solicitou e obteve a promessa de ajuda no processo de desassoreamento imediato.

Esta semana, por determinação do prefeito Neto Barros, a Defesa Civil Municipal entregou um relatório à direção estadual do órgão, relatando em detalhes a grave situação vivida pelo KM 14. 

O assoreamento do rio Mutum, um processo que é antigo, agravou-se muito  com as fortes chuvas de 2013. “Os morros simplesmente derreteram com aquela inundação, levando tudo para a calha do rio Mutum”, disse ontem na reunião o vereador Sebastião Batata, morador no distrito do KM 14. E o próprio Estado contribuiu para o assoreamento: milhares de toneladas de terra revolvidas  pelas obras do asfaltamento da serra do Cachoeirão, (hoje abandonadas), foram levadas para as partes mais baixas, soterrando tudo  e até mudando o curso do rio Mutum.

 

Ações a longo prazo
Para o presidente do Incaper  Marcelo Suzart, que acompanhou a visita dos técnicos à região do KM 14, a dragagem que pode ser feita em curto prazo no rio Mutum  é apenas um paliativo. Segundo ele, as ações devem ter continuidade com construção de caixas secas, formação de curvas de nível, reflorestamento das encostas e a própria conscientização da comunidade em torno da gravidade da situação.
 
O processo de construção de caixas secas na região do KM 14, aliás, já teve início através da Associação de Produtores Rurais locais, segundo atestou na reunião de ontem  a presidente da entidade, Arlene Ribeiro Milani da Silva. A entidade recebeu recursos da Fundação Banco do Brasil de R$ 247 mil e está aplicando no atendimento aos associados. 
 
O consenso em torno da questão do assoreamento do rio Mutum é que esta situação não se resolve da noite para o dia. “É um processo longo, demorado, que exige ações emergenciais, e outras a  médio e longo prazos”, afirmou o prefeito Neto Barros, que destacou a importância da parceria com  o Estado, Instituto Terra, mineradores e população para resolver em definitivo o assoreamento do rio Mutum.