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Visita do secretário de Cultura busca definição de rumos para o Cine Alba e o Casarão da Madame

O secretário de Estado de Cultura, João Gualberto Vasconcellos, acompanhado de dois técnicos daquela pasta, esteve terça-feira (20/06) em Baixo Guandu, onde durante longo encontro com o prefeito Neto Barros teve início a busca de soluções para os rumos do Cine Alba e do Casarão da Madame.
 
Estes dois prédios, considerados históricos na cidade, são hoje patrimônio do município, porém encontram-se sem utilização devido ao altíssimo custo previsto para as reformas. 

Do encontro do prefeito com o secretário de Cultura, foram tomadas algumas medidas práticas que no futuro poderão resultar na solução para estes dois prédios históricos. O município, de imediato, vai criar o Conselho Municipal de Cultura e promover o tombamento, a nível municipal, do Cine Alba e do Casarão da Madame, o que facilita a busca de novos recursos para obras de reforma.
 
Outra medida considerada essencial é encontrar uma solução para encerrar o convênio de R$ 1,9 milhão assinado em 2009 entre a Prefeitura e a Secretaria Estadual de Cultura, para reforma e adaptação do Cine Alba.
 
A administração municipal no período de 2009 a 2012 recebeu os recursos do Estado para as obras, mas não conseguiu cumprir o objeto do convênio e diante de irregularidades paralisou as obras ainda no ano de 2011. 
 
A administração atual herdou o problema em 2013 e, apesar de todos os esforços, ainda não conseguiu resolver os vários equívocos cometidos na gestão anterior. Em 2014, sem alternativa, a Prefeitura teve que devolver aos cofres do Estado a verba de R$ 1,48 milhão em valores atualizados na época, tendo em vista a expiração do prazo de vigência do convênio.

No encontro com o secretário de Cultura João Gualberto, o prefeito Neto Barros externou a preocupação do Município com relação aos recursos usados indevidamente na administração anterior.

Neto deixou claro que a Prefeitura não dispõe de verba para ressarcir o Estado pelas irregularidades cometidas pela gestão passada, que em valores corrigidos pode chegar a R$ 3 milhões.

Enquanto isso, o prédio do Cine Alba deteriora-se com a ação do tempo e até com dois incêndios criminosos ocorridos, que estão sendo alvo de investigação policial. “Ao que tudo indica podem ter sido provocados por quem deseja esconder as irregularidades praticadas nas obras”, salientou o secretário municipal de Obras e Serviços Urbanos, Waldir Moreira.


Do encontro com o secretário de Cultura participou também a guanduense Érika Kunkel Varejão, que é diretora presidente do Instituto Modus Vivendi de Desenvolvimento Social, Cultural e Ambiental. Érica é filha do antigo proprietário do Cine Alba, o ex-prefeito Ery Kunkel, tendo morado cerca de dezoito anos com a família nas dependências do próprio Cine Alba.

Durante visita feita ontem ao Cine Alba, Érika espantou-se com a descaracterização da originalidade do prédio, promovida pelo projeto mal elaborado pela gestão anterior. Mas colocou-se à disposição para ajudar na busca de solução para a reutilização do Cine Alba.
 
Casarão da Madame
O secretário de Cultura João Gualberto Vasconcellos acompanhou a visita ao cine Alba e ao Casarão da Madame Albertina, prédio também adquirido pelo município em 2006 e hoje deteriorando-se com a ação do tempo. Em 2013 a atual gestão fez um projeto de reforma do Casarão, objetivando buscar recursos para as obras, o que está sendo agora novamente reivindicado junto à Secretaria de Cultura do Estado.

O prefeito Neto Barros considerou a visita do secretário de Cultura muito positiva, uma vez que ela abriu um novo caminho para uma solução em torno do Cine Alba e do Casarão da Madame Albertina.

“São prédios históricos para nós, guanduenses, e de altíssima importância também para o Estado. Vamos continuar dialogando em busca de encontrar meios de reutilizar tanto o Cine Alba quanto o Casarão, seguindo inclusive orientações da Secretaria Estadual de Cultura”, disse o prefeito.
 
O Casarão da Madame Albertina Holz foi inaugurado em 1925 e durante décadas ali funcionou um forte centro comercial, com venda de secos e molhados e comércio de café. Já o cine Alba começou a funcionar em 1954, construído pelos descendentes de alemães Henrique Kunkel e Alberto Holz. O cinema foi desativado nos anos 1990, depois de encantar gerações de guanduenses.