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Baixo Guandu recebeu diversas atrações culturais gratuitas no fim de semana

Foto Ascom

A caravana do Cultura em Toda Parte 2022 levou atividades culturais para os guanduenses entre os dias 18 e 20 de março.

A programação teve início na última sexta-feira (18), com as apresentações do teatro lambe-lambe A Orca e sua Amiga Foca, com Gabriel Pontes Fonseca Ferreira; e O Polvo e o Plástico, de Ana Claudia Souza Fonseca Ferreira. “Vocês me tiraram de Cachoeiro e me trouxeram para Baixo Guandu. A gente vai compartilhar uma arte que elas nunca viram. O Cultura em Toda Parte é realmente cultura em toda parte”, contou Ana Ferreira. 

Em seguida, a programação ocorreu na praça Getúlio Vargas, com o espetáculo infantojuvenil Cardume de Aventuras. Na sequência, aconteceu a Mostra de Videoclipes, com a exibição de dez produções que unem a música ao audiovisual. E encerrando a noite, o show da dupla Washington Vieira e Claudio Lyra.  “Levando a cultura para a praça. Despertando o sorriso de uma criança. É uma coisa realmente de um valor inestimável. Maravilhoso o Cultura em Toda Parte!”, disse a atriz Hélia Câmara, da peça “Cardume de Aventuras”.

No sábado (19), as apresentações tiveram início a partir das 17 horas na praça Getúlio Vargas. Eder de Oliveira abriu a programação com o show As Mais Tocadas do Eder de Oliveira. Na sequência, Renato Sabaini e Marcos Penitenti abriram a programação. Logo após, o sertanejo tomou conta do evento com a apresentação de Elias Wagner.  Fechando a noite, a cantora Dayane Rosa. “Poder trazer a nossa música, as nossas composições e ser reconhecido por isso é fantástico”, comentou Marcos Penitenti.

Elias Wagner falou da oportunidade de reencontrar o público. “Ficamos dois anos parados. A gente fez aí um intensivão de lives. Agora, em 2022, a gente é agraciado com um projeto tão bacana. O público para mim é muita felicidade e muita alegria. Quero agradecer ao Cultura em Toda Parte, por ter proporcionado um momento especial como esse. Tanto para mim quanto para o público de Baixo Guandu”, disse.

No domingo (20), a partir das 14 horas, a programação começou com a contação de histórias Um Cesto de Histórias, com Brenda Caetano Perim. Logo após, aconteceu a apresentação de dança indígena do Grupo Guerreiros Tupinikim. Fechando o evento, as apresentações musicais do cantor Margozzo, com o show Músicas Tristes Que te Fazem Feliz; e da cantora Alinne Garruth.

Marco Antonio Reis destacou a circulação que o Cultura em Toda Parte promove entre os municípios. “Você vê o recurso chegando em cidades do interior, vê a oportunidade sendo dada para artistas independentes que vivem na labuta, ocupando tudo quanto é espaço que fazem arte por amor. Construir essa cultura, construir esse hábito, construir a normalização dessas ocupações dos espaços para eventos culturais, é levar cultura para toda parte”, completou.

Atividades de formação

Na sexta-feira (18) e no sábado (19), o público participou de quatro oficinas e duas palestras, com foco na cultura, com formações nos campos da fotografia, da escrita, leitura, teatro, botânica e captação de recursos.

O secretário Fabrício Noronha frisou a importância das atividades de formação no Cultura em Toda Parte. “Um destaque foi a parte de formações. Vários jovens, várias crianças participando ativamente, desde a quinta-feira, de uma programação riquíssima de oficinas formativas. Isso planta uma semente para um futuro com cultura, com respeito ao outro. É isso que a gente quer para o Espírito Santo, para o Brasil”, pontuou.

Quem abriu a programação na sexta-feira (18), foi Thais Gobbo, com a Fotografia, Olhares e Afetos. “A intenção desses dois dias de oficina é que a gente faça a aula teórica, que abordou os termos técnicos e como a gente consegue trabalhar o olhar antes de pegar na câmera em si, além das configurações para fazer fotos com o celular. Depois, apresentamos um novo olhar sobre a cidade com tudo que aprendemos na sala de aula. A turma tirou todas as dúvidas, desde informações técnicas até como poderia usar o aprendizado no dia a dia. Foi muito bacana”, enfatizou. 

Uma das participantes da oficina Fotografia, Olhares e Afetos foi Daleti Pinheiro Felix, que aprendeu um novo olhar sobre o ato de fotografar. “Estou achando a oficina muito boa. Estou aprendendo muita coisa. Gostei da forma como a Thais explica. Achei muito bacana aprender sobre ângulo. Porque tem que ter ângulo para a foto sair perfeita. Sempre tive interesse em aprender a fotografar e quero continuar praticando”, disse.

Na parte da tarde, às 14 horas, teve início a oficina Corpo Popular, com Cleverson Guerrera. O instrutor contou como foi o processo de criação com a turma. “Foi bem desafiador. Foi o primeiro contato deles com a cena, com o fazer teatro. No primeiro exercício, eles se retraíram. Mas depois a gente foi quebrando, com a coisa do corpo, esse corpo popular que dá nome à oficina e, por meio de algumas dinâmicas, a gente foi conquistando e depois já estávamos ali plenos na atividade. Foi bem legal”, avaliou. 

Nicole Fernandes Mariano foi uma das alunas que participaram da oficina ministrada por Cleverson. “Estou achando o curso uma novidade bem criativa e bem legal. Sou bem comunicativa e já fiz teatro na minha escola. No começo estava bem tímida, mas quando começou a dinâmica, eu fiz. Na oficina você ri, aprende com seus erros. Foi legal”, exclamou.  

Também às 14 horas, teve início a oficina Escrita Poética, com Lívia Corbellari. “A cultura e a arte em locais, fora de Vitória, são muito importantes para a gente movimentar os artistas dos próprios locais, das nossas regiões e também fazer um intercâmbio com outros artistas de outras regiões e, assim, conseguir de fato que a cultura cheque em toda parte”, ressaltou a escritora e jornalista, sobre a importância deste projeto de circulação.

 A programação do primeiro dia contou com duas palestras: Cultura e Botânica se Encontram na Construção de Saberes Locais, com Andressa Catarina; e Produção e Captação de Recursos para Projetos Culturais, com Ursula Dart.  “Tenho uma formação de audiovisual, mas pretendo fazer uma troca com os alunos sobre a experiência de gestão, do dia a dia e da vida mesmo. Uma coisa mais abrangente dentro desse grande recorte que é fazer cultura” explicou.

No sábado (19), a programação de formações teve sequência e contou com uma nova formação, a oficina de Mediação de Leitura, com Lilian Menenguci. A pedagoga Daiane Berger foi uma das inscritas na atividade. Para ela, a ação foi uma grande oportunidade de ampliar o olhar para a educação. “Muito conhecimento, muita troca de experiências. Penso que vai ajudar muito na nossa vida pessoal e profissional também”, ponderou.

Para Lilian Menenguci estar na cidade de Baixo Guandu foi uma oportunidade de troca de saberes. “Cultura é direito! Estar com os guanduenses, conduzindo a oficina de mediação literária, trazendo o livro, a leitura e a literatura, foi uma experiência bonita, sensível e poética. Além da troca de conhecimentos, tivemos a oportunidade de nos conectarmos por meio da arte que, sem dúvida, transforma cada um de nós. A escuta sensível, o olhar curioso e a entrega de cada uma das pessoas marcaram o nosso encontro. Nele, sim, lemos as palavras. Mas também lemos o mundo que cada pessoa é. Uma mostra de que política e poética podem andar juntas”, argumentou.

Idealizado pela Secretaria da Cultura (Secult), com gestão e operacionalização do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA), apoio da Federação das Indústrias (Findes) e do Serviço Social da Indústria (Sesi), o Cultura em Toda Parte conta com recursos da Lei Aldir Blanc.  O projeto é realizado via Chamamento Público para Seleção de Organização da Sociedade Civil (OSC), destinado à Gestão e Operacionalização do Projeto “Cultura em Toda Parte” – Circulação e Difusão de Atividades Artísticas e Culturais no Estado do Espírito Santo, por meio da Secult, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, do Governo Federal.

Assessoria de Comunicação da Secult