Unidade de Vigilância de Zoonoses de Baixo Guandu realiza ações no controle da leishmaniose visceral
A Equipe de Vigilância de Zoonoses e a Equipe da Vigilância Ambiental de Baixo Guandu estão desenvolvendo ações estratégicas no enfrentamento da doença leishmaniose por meio da Secretaria Municipal de Saúde. As equipes deram início na segunda-feira, dia 7/11, às 08 horas da manhã, no centro da cidade, a investigação e testagem dos cães ao redor na localidade. A equipe do UVZ, composta pelo Coordenador médico veterinário, Juliano Fernandes Alves, Letícia Almeida Detrich Rocha, médica veterinária, Sonealdo Mutz Pego, Auxiliar de Veterinário e João Batista Carneiro, Agente de Combate de Endemias e da Vigilância Ambiental, Luiz Manoel Lopes, Agente de Combate de Endemias e Willyane Dias Botelho, Agente de Combate de Endemias, foram aos locais de foco e nos entornos (quarteirões) na busca por animais suspeitos da doença. Eles pedem que observem o seu animal, se tem alguma ferida de pele que não cicatriza, especialmente na cabeça ou no nariz, entrem em contato com o veterinário de confiança ou com a equipe da UVZ
Na ação realizada no dia 7/11, (testagem de animal), foram testados aproximadamente 100 cães. Todos os exames foram realizados no laboratório da Unidade de Saúde do Município, os exames (positivo ou negativo) serão entregues ao dono do animal, nos próximos dias. Em caso o resultado seja positivo, o proprietário é orientado sobre o tratamento e cuidados para se evitar o contágio ou o recolhimento do animal doente.
As equipes ainda realizarão a pesquisa vetorial ao entorno dos casos confirmados em humanos, com armadilha na captura do vetor (mosquito-palha), para encontrá-lo na localidade. Só assim é possível entender como a doença se comporta. Onde for confirmada a presença do vetor será realizado o bloqueio do ciclo da doença, através do uso de inseticida.
Mais sobre a Leishmaniose Visceral:
O que é?
A leishmaniose visceral é uma zoonose que pode afetar o homem. É infecciosa, mas não contagiosa, ou seja: não é transmitida de pessoa para pessoa.
Quais os sintomas?
Os sintomas são febre e aumento do volume do fígado e do baço, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo, prostração, apatia e palidez. Pode haver tosse, diarréia, respiração acelerada, hemorragias e sinais de infecções associadas. Quando não tratada, a doença evolui podendo levar à morte até 90% dos doentes.
Como se transmite?
A LV é transmitida ao homem por meio da picada do inseto vetor conhecidos popularmente como “mosquito-palha, birigui, asa branca, tatuquira e cangalhinha”. Esses insetos têm hábitos noturnos e vespertinos, atacando o homem e os animais, principalmente no início da noite e ao amanhecer.
No Brasil, não há registro de transmissão direta de pessoa para pessoa.
Como tratar?
O SUS oferece tratamento específico e gratuito para a doença. O tratamento é feito com uso de medicamentos específicos, repouso e uma boa alimentação.
Como prevenir?
As medidas de controle são distintas e adequadas para as áreas com transmissão, como eliminação de cães infectados, controle químico do inseto transmissor e a destinação correta do lixo, entre outras medidas de higiene e conservação ambiental que evitam a proliferação do vetor. Entretanto é de fundamental importância que as medidas usualmente empregadas no controle da doença sejam realizadas de forma integrada, para que possam ser efetivas.