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Salgueiro-Chorão
Salix babylonica
Família: Salicaceae
Forma biológica: É uma árvore de médio a grande porte que pode alcançar até 20 a 25 metros de altura. É de crescimento rápido mas tem uma curta longevidade. É caducifólia, perde as folhas no inverno ainda que, por vezes, durem na árvore até irromperem as novas. É muito pouco exigente com os solos, que apenas têm de ter água suficiente. Medra muito bem em terrenos muito húmidos, sendo capaz de saneá-los absorvendo a água em excesso.
Tronco: tem uma cortiça escura que vai rompendo com os anos. Os rebentos são delgados, longos e muito flexíveis, formando uma copa arredondada. O salgueiro é muito utilizado como ornamental pela beleza e frescura que aporta aos jardins.
Folhas: são lanceoladas de 4 a 10 cm de comprimento, serrilhadas, com a folha superior cor verde intensa, a folha inferior é mais clara e com pêlos que vai perdendo.
Flores As flores surgem na primavera, elas são pequenas, esverdeadas, reunidas em inflorescênsias do tipo amentilho. Planta dióica (com sexos separados). O fruto é do tipo cápsula.
Fruto: é do tipo cápsula.
Usos
Em geral, o salgueiro-chorão é usado como árvore ornamental por sua beleza característica. No entanto, os povos nativos da América do Norte usavam seus galhos na confecção de pincéis de tinta e a sua casca por suas propriedades curativas no tratamento de febres e dores. A salicina, fonte de ácido salicílico e substância extraída da casca de salgueiro.
Propriedades medicinais: suas folhas e a casca são antirreumáticas, adstringentes e tônicas; as folhas são usadas no tratamento de abscessos, carbúnculo, febre, reumatismo, doenças de pele e úlceras; o chá da casca de salgueiro-chorão é usado para o tratamento de diarreia e febre; a casca da raiz é usada em um banho para o tratamento de doenças de pele parasitárias.
Importância ecológica: quando plantada perto da água, a árvore obtém sua nutrição necessária através de suas raízes e, consequentemente, protege o solo ao seu redor da erosão, além de filtrar detritos da água. Ela atrai insetos, que servem de alimento para os peixes, e também oferece sombra, resfriando o ambiente aquático. Além disso, abriga outros animais pequenos, como pequenos mamíferos e algumas espécies de pássaros.
O pólen produzido pelo salgueiro é essencial para a nutrição das abelhas no início da primavera.
Produção de Mudas
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica, úmido a bem drenável e irrigado regularmente no primeiro ano após o plantio. O salgueiro-chorão vai bem tanto em solos secos, tolerando curtos períodos de estiagem, como em solos muito úmidos, inclusive ajudando a absorver o excesso de água. Não tolera ventos fortes e sofre com geadas. Multiplica-se por estaquia e alporquia.
Pinheiro Vela
– Cupressus sempervirens
Ipê Rosa
Handroanthus heptaphyllus
Família – Bignoniaceae
Nomes vulgares: ipê, ipeúna, na Bahia, no Espírito Santo e no Estado de São Paulo; ipê-rosa-de-folha-larga, ipê-roxo-da-casca-lisa e ipê-roxo-de-bola, no Estado de São Paulo; ipê-rosado, no Paraná; ipê-róseo; ipê-roxo, na Bahia, no Distrito Federal, em Minas Gerais, em Mato Grosso do Sul, em Mato Grosso, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Estado de São Paulo; ipê-roxo-do-grande; ipê-de-flor-roxa; ipê-de-minas; pau-cachorro; pau-d’arco, na Bahia, no Distrito Federal, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Rio Grande do Norte, pau-d’arco-rosa, na Bahia, no Ceará, na Paraíba, em Pernambuco e em Minas Gerais; pau-d’arco-roxo, em Alagoas, na Bahia, no Ceará, no Pará, na Paraíba e em Pernambuco; piúna; piúna-roxa, em Goiás e em Mato Grosso; piúva e piúva-preta, em Mato Grosso do Sul.
Descrição: árvore caducifólia, com 10 a 15 m de altura e 30 cm de DAP na Caatinga, podendo atingir até 50 m de altura e 100 cm de DAP na Amazônia (Paula & Alves, 1997), na idade adulta.
Tronco: frequentemente tortuoso, podendo ser encontrados indivíduos de porte reto e cilíndrico. Fuste geralmente curto, com 4 a 8 m de comprimento, atingindo no máximo, 12 m. Casca com espessura de até 12 mm.
Folhas: opostas digitadas, com pecíolo de até 11 cm de comprimento, geralmente com cinco folíolos, com margem inteira ou levemente serreada até o ápice. Os folíolos apresentam mechas de pêlos na axila da nervura principal com as secundárias.
Flores: rosadas a lilás, tubulares, vistosas, com 4 a 7,5 cm de comprimento, reunidas em panícula terminal, apresentando-se em cacho, em forma de bolas.
Fruto: síliqua cilíndrica estreita, deiscente, com 12 a 56 cm de comprimento e 1,3 a 2,6 cm de largura, com numerosas sementes.
Semente: cordiforme, tendendo a oblonga, plana, de superfície lisa lustrosa, marrom-clara, com presença de asa membranácea nas duas extremidades também marrom-clara transparente, de até 3 cm de comprimento (Souza & Lima, 1982).
Biologia Reprodutiva e Fenologia
Sistema sexual: planta hermafrodita.
Vetor de polinização: principalmente pela abelha-mamangava (Bombus morio) e pela abelha-irapuá ou abelha-arapuá (Trigona spinipes) (Pirani & Cortopassi-Laurino).
Floração: de fevereiro a maio, na Bahia; de maio a junho, no Distrito Federal; de maio a novembro, no Estado de São Paulo; em julho, no Ceará e em Goiás; de julho a agosto, em Minas Gerais; em agosto, no Acre, e de setembro a outubro, em Pernambuco.
Frutificação: os frutos amadurecem de junho a setembro, no Estado de São Paulo; em agosto, no Distrito Federal, e de setembro a outubro, em Minas Gerais. O processo reprodutivo inicia por volta dos 5 anos de idade, em plantios.
Dispersão de frutos e sementes: anemocórica, pelo vento.
Aspectos Ecológicos
Grupo sucessional: espécie secundária tardia (Durigan & Nogueira, 1990), ou clímax exigente de luz (Werneck et al., 2000).
Características sociológicas: sua distribuição é ampla, mas descontínua. Em florestas primárias, a densidade é muito baixa, apenas com alguns indivíduos de grande porte emergentes no dossel (Durigan et al., 1997); não se encontram, com facilidade, exemplares jovens nas matas (Nogueira, 1977). Em Minas Gerais, passa das matas para os pastos, como árvore isolada. É árvore longeva.
Produção de Mudas
Semeadura: recomenda-se semear em sementei- ras e depois repicar as plântulas para sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno de tamanho grande. A melhor profundidade de semeadura é entre 0,5 cm e 1 cm (Silva et al., 1985). A repicagem pode ser efetuada entre 3 a 5 semanas após o início da germinação.
Germinação: epígea, com início entre 10 a 30 dias após a semeadura no viveiro, e entre 3 a 10 dias em germinador. A germinação é alta (até 100%) em germinador (Barbosa, 1982) e até 70% em viveiro. As mudas atingem tamanho adequado para plantio, cerca de 6 meses após a semeadura.
Propagação vegetativa: o ipê-rosa pode ser propagado por enxertia, pelo método da garfagem em fenda cheia, apresentando, após 30 dias, 40% de pegamento (Silva, 1982). O crescimento do ipê-rosa é lento a moderado.
Produtos e Utilizações
Madeira serrada e roliça: a madeira do ipê-rosa pode ser usada em acabamento interno, confecção de artigos de esporte, cabos de ferramentas e implementos agrícolas; em construções externas é utilizada como estruturas, dormentes e cruzetas; esquadrias e lambris; peças torneadas, tacos e tábuas para assoalhos, vagões, carroçarias e instrumentos musicais; em construção civil é usada como caibro, forro, ripa, vigamentos, e degraus de escada e postes.
Energia: lenha de boa qualidade.
Celulose e papel: espécie inadequada para este uso. O comprimento das fibras varia de 1,28 a 1,51 mm.
Constituintes químicos: pouca presença de alcaloides no lenho e na casca (Sakita & Vallilo, 1990). O botânico Theodoro Meyer, da Universidade de Tucuman, Argentina, conseguiu isolar importantes componentes do ipê-rosa, como a quinona, cujo efeito germicida pôde ser comprovado (Cavalcante, 2001). A quinona possui uma estrutura semelhante à da vitamina K6, que detém efeito adstringente que auxilia o metabolismo do fígado na produção de protombina e de outras substâncias que participam da coagulação sanguínea.
Substâncias tanantes: presença de tanino na casca e no lenho (Sakita & Vallilo, 1990). Espécie tradicionalmente utilizada para extração do tanino, na Chapada do Araripe, no Ceará (Pinheiro, 1997).
Medicinal: a infusão da casca do caule tem aplicação medicinal no combate à escabiose (sarna); daí, seu nome específico, impetiginosa, isto é, contra o impetigo (Rodrigues, 1998). O produto do cozimento da casca é adstringente e mucilaginoso, útil contra úlceras sifilíticas. Pode ser usada também como hipertensor e no tratamento de doenças sexualmente transmissíveis. A infusão da entrecasca é usada contra anemia (Figueiredo, 1979), e o cerne como anticancerígeno (Almeida et al., 1995). Ipê-rosa com mais de 40 anos é o que oferece chá de melhor qualidade (Lubeck, 2000). As folhas têm idêntico uso, sendo também antiblenorrágicas (Campelo, 1990). A espécie tem, também, propriedades anti-inflamatórias e antigástricas (Berg, 1986; Almeida et al., 1995). A casca interna do ipê-rosa é recomendada por médicos especialistas em ervas, para aliviar e prevenir os problemas decorrentes da quimioterapia e de tratamentos à base de antibióticos, assim como o uso incorreto da cortisona (Cavalcante, 2001).
Paisagístico: espécie muito empregada como árvore ornamental, devido à beleza de sua floração, sendo usada em arborização, de vias públicas, parques, praças e jardins de várias cidades brasileiras (Duarte, 1979; Cesp, 1988; Toledo Filho & Parente, 1988; Sousa et al., 1990).
Reflorestamento para recuperação ambiental: essa espécie é recomendada para recuperação de ecossistemas degradados, onde apresenta deposição de folhedo de 979 kg/ha.ano, 7 anos após o plantio (Garrido, 1981). Apesar de apresentar sintoma moderado de fitotoxidez, o ipê-rosa é considerado promissor em programas de revegetação de áreas com solo contaminado com metais pesados, tais como zinco (Zn), cádmio (Cd), chumbo (Pb) e Cobre (Cu) (Marques et al., 1997.
Albizia
– Albizia julibrissin
Figueira Mata Pau
Ficus americana
Família: Moraceae
Forma biológica: as árvores adultas são grandes, comumente atingem de 15 m a 30 m de altura e podem crescer, incialmente, sobre troncos caídos semi-apodrecidos e pedras, ou como epífitas, cujas raízes estrangulam a outra árvore.
Tronco: frequentemente tortuoso, podendo ser encontrados indivíduos de porte reto e cilíndrico. Fuste geralmente curto, com 4 a 8 m de comprimento, atingindo no máximo, 12 m.
Ramificação: é dicotômica. A copa é larga, com galhos também largos e grossos.
Casca: Sua casca é espessa e dura e possui folhas ovais, de bordas lisas e verde-escuras, glabras na face superior e com minúsculos pêlos na face inferior.
Folhas: são elípticas, lanceoladas a oblongas, de nervação broquidódroma. Apresentam de 6 a 8 pares de nervuras secundárias. A face adaxial é glabra ou pubérula, principalmente nas nervuras. A face abaxial também é glabra ou mais frequentemente pubescente. O ápice é agudo a obtuso e acuminado. A base é aguda, obtusa ou truncada. são alternas, usualmente providas de látex. Nas extremidades dos galhos ocorrem estípulas.
Flores: são diminutas, unissexuais, reunidas em inflorescências especiais denominadas sicónios, que consistem em um receptáculo fechado, com as flores inseridas no lado de dentro, e um orifício de saída no ápice, ou ostíolo. A expressão sicónio tem origem no nome de figo em grego (sykon).
Fruto: são aquênios que amadurecem dentro do próprio sicónio, formando, por consequência, uma infrutescência.
Vetor de polinização: essencialmente vespas (MORELLATO, 1991). Uma pequena vespa realiza a polinização, quando põe seus ovos dentro das flores.
abelha-irapuá ou abelha-arapuá (Trigona spinipes) (Pirani & Cortopassi-Laurino).
Dispersão de frutos e sementes: parte dos figos (com sementes) é ingerida pela avifauna (tucanos, sabiás, bem-te-vis, maritacas e periquitos), por morcegos (Artibeus lituratus) (COSTA; PERACCHI, 1996); por símios (macacos-prego) e por outros mamíferos, como tatus, gambás e ouriços. Depois, as sementes são excretadas e disseminadas por toda parte (CARAUTA; DIAZ, 2002).
Produção de Mudas
Semeadura a produção de mudas da figueira, via sementes, comumente fracassa, seja pela ausência de sementes viáveis nos frutos seja pela dificuldade do manuseio das sementes, que são muito pequenas.
Germinação: é epígea ou fanerocotiledonar. A emergência tem início de 10 a 35 dias após a semeadura, sendo a taxa de germinação geralmente baixa.
Propagação vegetativa: normalmente, as espécies do gênero Fícus são propagadas com facilidade, por estacas de caule, sendo necessário desenvolver métodos apropriados para as figueiras nativas. Carpanezzi et al. (1997) deduziram que o enraizamento das estacas de figueira-brava é promissor no substrato contendo vermiculita + areia (1:1), sendo independente da concentração de AIB. Na ausência de AIB, o enraizamento médio foi de 73,75% e para 5.000 ppm de AIB o valor decresceu para 61,25%.
Pau-Brasil
Paubrasilia echinata (Lam.) Gagnon, H.C.Lima & G.P.Lewis (antiga Caesalpinia echinata Lam)
Família: Fabaceae – Caesalpinioideae
Nomes vulgares: arabutã e brasilete, na Bahia; árvore-do-brasil; ibirapitanga, na Bahia e no Estado do Rio de Janeiro; ibiripitinga; imirá-piranga; muirapiranga; orabutã; pau-pernambuco; pau-rosado; pau-vermelho; pau-de-pernambuco e sapão. Os índios a chamavam, em tupi, ibirapitanga (madeira-vermelha). Já em 1503, documentos registravam, para referir-se às terras recém-descobertas, o apelido Terra do Pau-Brasil (Árvores … , 1992).
Caesalpinia é uma homenagem a Andrea Caesalpinio, botânico italiano; echinata, refere-se aos acúleos no tronco. Apesar de os livros didáticos e o senso comum estabelecerem uma relação direta entre o nome de nosso País e o nome dessa árvore, a origem da palavra ‘brasil’ é misteriosa e repleta de ressonâncias (Bueno, 1998). Há mais de 20 interpretações sobre a origem do étimo e as discussões estão longe do fim. O certo é que a palavra ‘brasil’ é mais antiga do que o costume de utilizar o ‘pau-de-tintas’ para colorir tecidos. Mais certo ainda é que a lenda e a cartografia antiga assinalavam, em meio às névoas do Mar Tenebroso – como era conhecido o Oceano Atlântico – a existência de uma ilha mitológica chamada Hy Brazil (Bueno, 1998). Entretanto, apesar do emaranhado de palavras, o mais provável é que ‘brasil’ provenha do francês ‘bersil’, mais tarde ‘brésil’, cujo significado mais provável é ‘brasa’. Também é certo que ‘brasil’ advém do celta ‘bress’, origem do inglês ‘to bless’ (abençoar) e que este termo foi usado para batizar a Ilha da Bem-Aventurança, a lendária Hy Brazil, que teria sido descoberta no ano de 565, pelo monge irlandês São Brandão (Bueno, 1998). Os dois ‘brasis’ se fundiram para nomear um novo país.
Descrição: árvore perenifólia, com 5 a 15 m de altura e 15 a 50 cm de DAP, podendo atingir até 30 m de altura e 100 cm de DAP, na idade adulta.
Tronco: geralmente curto, tortuoso e aculeado. Fuste geralmente curto, atingindo excepcionalmente 15 m de comprimento na floresta primária, com pequenas sapopemas na base.
Folhas: compostas, alternas, com 6 a 10 pares de pinas alternas, com 10 a 20 folíolos sésseis e presença de espinhos abaixo da ráquis.
Flores: amarelo-douradas, perfumadas, a pétala maior com mancha vermelho-escura no centro, reunidas em panículas terminais.
Fruto: vagem capsulada pardo-avermelhada, que medem 5 a 8 cm de comprimento por 2,5 cm de largura, coberta externamente de múltiplas cerdas curtas e rígidas, com deiscência explosiva e 1 a 2 sementes.
Semente: elíptica, lisa, chata, de contorno irregular, medindo, em média, 17 mm de comprimento por 15 mm de largura, de coloração castanha, com pontuações de diferentes tonalidades.
Biologia Reprodutiva e Fenologia
Sistema sexual: planta hermafrodita.
Vetor de polinização: principalmente as abelhas e diversos insetos pequenos.
Floração: de setembro a dezembro, no Estado de São Paulo, com a iniciação das gemas reprodutivas ocorrendo a partir de fevereiro (Aguiar, 1991); de setembro a novembro, no Estado do Rio de Janeiro; de outubro a novembro, em Sergipe e de dezembro a maio, em Pernambuco. No Rio Grande do Norte, foram observadas 2 a 3 florações por ano. Em plantios no norte e no oeste do Paraná, floresceu de setembro a março. Numa população descoberta em 1993, no Rio de Janeiro, RJ, Maio et al. (1996) não observaram floração durante 1 ano de observação.
Frutificação: os frutos amadurecem de outubro a janeiro, em Pernambuco e em Sergipe; de outubro a fevereiro, no Estado de São Paulo; em novembro, no Espírito Santo; de novembro a dezembro, em Minas Gerais e no Estado do Rio de Janeiro. O processo reprodutivo inicia-se a partir de 3 anos de idade, na Região Nordeste e, no Estado de São Paulo, a partir de 4 anos, em árvores plantadas.
Dispersão de frutos e sementes: autocórica; principalmente barocórica, apresentando deiscência explosiva.
Ocorrência Natural
Aspectos Ecológicos
Grupo sucessional: espécie clímax.
Características sociológicas: o pau-brasil ocupa o estrato médio da floresta. É árvore longeva, atingindo cerca de 300 anos de idade.
Regiões fitoecológicas: Caesalpinia echinata é espécie característica da Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas (Veloso et al.,1991), denominada por Lima (1961) de Floresta Estacional Caducifólia Costeira. Também habita a Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica), chegando até as Matas das Dunas, em Natal, RN (Tavares, 1960; Freire, 1990). É uma espécie típica das restingas do Rio de Janeiro (Rizzini, 1979; Schneider et al., 1997). Encontra-se distribuída na faixa litorânea, de forma bastante reduzida e esporádica. Em Pernambuco e na Bahia, avança 50 a 75 km, respectivamente, da costa para o interior. Recentemente, foi encontrado um núcleo remanescente em Vitória da Conquista, BA, a 200 km da costa; é a primeira vez que a espécie é localizada tão longe da costa brasileira (Pesquisadores…, 1994).
Produção de Mudas
Semeadura: recomenda-se semear duas sementes em sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno, grandes.
Germinação: epígea, com início entre 4 e 60 dias, após a semeadura. O poder germinativo varia entre 50% e 95%; a germinação atinge valores altos imediatamente após a colheita (Aguiar & Barbosa, 1985). As mudas atingem porte adequado para plantio, cerca de 8 meses após a germinação.
Propagação vegetativa: a espécie se propaga, também, por estacas de raízes.
Produtos e Utilizações
Madeira serrada e roliça: usada em construção civil, em ripa, caibro, tabuado; carpintaria, móveis, tornearia, mourões e em dormentes, com duração média de 20 anos.
Atualmente, sua madeira é muito utilizada na fabricação de instrumentos musicais, principalmente, na confecção de arco de violino, por apresentar muita flexíbilidade. Embora em pequena escala, o pau-brasil ainda hoje é exportado para a Alemanha, para uso na fabricação de arco de violino.
A madeira do pau-brasil é indicada para o arco de violino, como a do abeto (Picea sp.) para o tampo da caixa de ressonância, e a do bordo ou sicômoro europeu (Acer sp.), quase exclusiva para as costas desse instrumento.
Tintura: opau-brasil produz importante tintura, denominada brasil ou brasileto, cor de vinho, usada em tinturaria.
A tintura extraída dessa espécie foi muito utilizada na produção do corante vermelho brasiliana,
que era empregado pelos europeus para tingir sedas, linhos e algodões, dando aos tecidos uma cor de brasa, entre o vermelho e o púrpura; a cor dos reis e dos nobres era difícil de se obter naquela época. Essa tintura era usada também no fabrico de tintas de escrever e ornamentos de manuscritos. Ela precedeu ao rouge usado como cosmético.
Esse corante era idêntico ao bresil produzido por Caesalpinia sappan, um corante que a Europa importava da Ásia, desde a Idade Média (National…, 1979). Utilizando-se de machados de pedra, os índios levavam cerca de 3 horas para derrubar uma árvore de pau-brasil (Conselho, 1999). Com a chegada dos portugueses e dos machados de ferro, o tempo de corte diminuiu para apenas 15 minutos.
Substâncias tanantes: as favas dessa espécie dão cerca de 48% de tanino (Correia, 1978).
Medicinal: o pau-brasil apresenta propriedades medicinais, sendo o lenho adstringente, corroborante e secante, odontálgico e tônico (Correia, 1978). Recentemente, na Universidade Federal de Pernambuco, pesquisadores descobriram que essa espécie apresenta propriedades medicinais que podem combater alguns tipos de câncer (Costa & Oliveira, 1996). Por sua vez, outras instituições já descobriram que o chá feito com as folhas é ótimo contra diabetes, e o pó da casca atenua as cólicas menstruais.
Paisagístico: espécie ornamental usada em paisagismo de parques, praças, jardins e em arborização urbana (Cesp, 1988; Soares, 1982; Lorenzi, 1992). É utilizada na arborização de Brasília, DF (Jacinto & Imaña-Encinas, 2000). A Lei Federal 6.607, de 7 de dezembro de 1978, declara o pau-brasil como árvore nacional do Brasil.
Reflorestamento para recuperação ambiental: para reconstituição de ecossistemas degradados. O pau-brasil depositou 2.907 kg.ha-1.ano-1 de folhedo num talhão puro no sul da Bahia, com a maior queda de folhedo entre setembro e janeiro (Vinha & Pereira, 1983; Vinha et al., 1985). No Estado de São Paulo, a maior deposição de folhedo ocorre de julho a agosto.
Fonte:
CIRCUITO DA ALEGRIA EM VILA NOVA DO BANANAL
No último domingo (20), foi a vez da criançada do Distrito de Vila Nova do Bananal curtirem as brincadeiras e gostosuras do Circuito da Alegria Baixo Guandu 2023.
Brincadeiras, pula pula, picolé, pipoca, pintura e vários brinquedos envolveram adultos e crianças na tarde deste domingo (20).
O circuito da alegria está percorrendo todos os distritos e é o maior evento em comemoração ao dia das crianças realizado em Baixo Guandu em toda história.
O evento contou também com a participação da Banda Municipal Lira Guanduense.
O circuito da alegria é realizado pela Prefeitura Municipal de Baixo Guandu, através da Secretaria de Assistência Social Direitos Humanos e Habitação com apoio do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e Subsecretaria de Cultura.
O próximo Circuito da Alegria será no Distrito do Km14, no próximo domingo, 27 de agosto.